O défice orçamental dos primeiros 3 trimestres deste ano fixou-se nos 2,5% do PIB. Atingida até setembro a meta imposta pela Comissão Europeia para o total do ano, cresce o otimismo. Mesmo que o INE sublinhe que o resultado foi obtido, acima de tudo, graças a um corte muito expressivo do investimento (28,4%).
O primeiro-ministro anuncia que o pior já passou. A oposição, dividida entre alinhados e amorfos, acompanha-o por aclamação ou omissão. O Presidente vai deixando uns alertas, mas no essencial faz de tudo para devolver a confiança ao País.
O salário mínimo até aumentou para os 557 euros. Os primeiros sinais da mudança já são visíveis. Segundo um estudo do IPAM, há seis anos que os portugueses não gastavam tanto no Natal – aumento de 25% face a 2015. Nada mau, tendo em conta que o gasto com jogos sociais também já bateu recordes: até outubro, os portugueses apostaram 2,3 mil milhões de euros só na Santa Casa da Misericórdia.
Como falta contabilizar o Natal e somar as apostas online, já não falta tudo para o valor do défice: 3,4 mil milhões. Felizes os que ganharam dinheiro a valer, porque os outros, apesar da euforia e otimismo, não se vê onde têm razões concretas para iniciar o novo ano em grandes festejos.