Julgam tudo e todos rapidamente. As suas iluminadas opiniões nunca prescrevem. Sem hesitações, sem cuidado de confirmarem os factos em que assentam, até sem se informarem sobre a lei que se lhes aplica, despejam-nas sobre o mundo logo que lhes surge a oportunidade de (de)formarem as ideias dos outros. Muitas vezes, tudo o que afirmam está factual e juridicamente errado. Que lhes importa? Nada. Só à Justiça que condenam é que cabe ser isenta, objectiva, enfim, justa. A eles basta-lhes a sua inconsciência.
Isto não pode esconder um outro problema: a inexistência, no MP e nos tribunais, de quem, em tempo útil, preste à comunicação social os esclarecimentos necessários a mostrar a verdade jurídica dos casos, impedindo o que mais tarde é difícil de reparar: a descredibilização da Justiça.