Nos anos 80 e 90 Portugal foi aumentando as suas apreensões de haxixe e depois de cocaína e os resultados da PJ eram progressivamente espectaculares, mas na realidade eram a heroína e as drogas químicas que iam atacando a juventude.
Com a criminalidade violenta não se passa o mesmo mas, por vezes, não é pelas estatísticas que enxameiam os discursos oficiais que chegamos lá. Para lá dos números, são casos co-mo os que ocorreram nos últimos dias na área da grande Lisboa que nos dão a dimensão da insegurança que sentimos no quotidiano. A noite, os seus negócios e protagonistas, são um grande problema no Porto e em Lisboa. Mas a sucessão de casos de carjacking ou assaltos violentos, o arrojo cada vez maior dos delinquentes, a circulação fácil de armas de fogo, o número crescente de homicídios, o matar por dá cá aquela palha, a violência contra mulheres, idosos e crianças são pontas de um fenómeno de insegurança preocupante. Pode não ser, como diz o Presidente da República, tão grave como noutras paragens. Todavia, como diz o povo, com o mal dos outros estamos nós bem. Ou seja, não vale a pena minimizar a realidade que temos em matéria de segurança, porque ela pode não ser estatisticamente relevante mas no terreno, sobretudo nas áreas metropolitanas, é potencialmente explosiva.
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