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Correio da Manhã

Opinião
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O mistério de Setúbal

Depois do êxito da JMJ esperava-se outro destino para D. Américo Aguiar.
Paulo João Santos 23 de Setembro de 2023 às 00:31
Foi com surpresa que os católicos portugueses receberam a notícia da nomeação do novo bispo de Setúbal. Não que seja uma diocese menor, ou que não mereça ser liderada por uma figura como D. Américo Aguiar, longe disso. Mas depois do êxito que constituiu a Jornada Mundial da Juventude, independentemente dos custos do evento, esperavam-se outros voos para o ex-bispo auxiliar de Lisboa. Tanto mais que tinha recebido como prenda pelo trabalho desenvolvido na receção ao Papa e a mais de um milhão de peregrinos oriundos de todos os países do mundo a nomeação de cardeal. No mínimo, era expectável que sucedesse a D. Manuel Clemente como patriarca de Lisboa. Tendo a escolha recaído sobre D. Rui Valério, um ilustre desconhecido, ganhou força a ideia de que o destino próximo de D. Américo Aguiar seria mesmo o Vaticano. Afinal… Setúbal. Em termos futebolísticos, é a diferença entre jogar na Liga dos Campeões e na Liga Conferência.

Talvez nunca se saiba ao certo o que de facto aconteceu para esta ‘despromoção’. O argumento de que D. Américo Aguiar precisa de ganhar experiência não convence, assim como o facto de ser jovem. Estou convencido de que foi algo mais do que isso. Dir-se-á que os desígnios de Deus são insondáveis, mas, sinceramente, acho que Deus não tem nada a ver com este ‘mistério de Setúbal’. Pena que ninguém nos explique.
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