Barra Cofina

Correio da Manhã

Opinião
1
Siga o CM no WhatsApp e acompanhe as principais notícias da atualidade. Seguir

Uma noite para esquecer

Montenegro devia ter-se demarcado dos avanços e recuos de Albuquerque.
Paulo João Santos 27 de Setembro de 2023 às 00:31
Nesta história de ditos por não ditos, de palavras dadas que não são honradas, Montenegro sai muito mal na fotografia. Melhor seria ter ficado em casa. O líder do PSD devia ter-se demarcado dos avanços e recuos do presidente do governo madeirense, que prometeu uma coisa aos eleitores e fez outra. Se Albuquerque disse que se demitia e não se demitiu, e se Montenegro achou tudo normal, como levar a sério o líder laranja quando chegar a hora da verdade? Como acreditar que, depois de conhecidos os resultados, não muda de opinião? Seja em relação a acordos com o Chega ou a outra coisa qualquer. Se a pirueta de Albuquerque não o incomodou, é legítimo pensar que será capaz do mesmo. Talvez seja fruto de alguma inexperiência, como disse Alberto João Jardim ao ‘Público’, “[Montenegro] está a demonstrar ainda ser muito caloiro”. Mas a verdade é que é por estas e por outras que o PSD não sobe nas sondagens e o seu líder não descola de António Costa. E a razão pela qual Marcelo não pode dissolver o Parlamento e convocar eleições, independentemente do rumo da governação e dos casos e casinhos que houver.

Já não falta muito para as Europeias, o tempo escasseia para Montenegro. Com prestações como a que teve na Madeira, o seu reinado à frente do PSD pode acabar na noite da contagem dos votos, deixando o partido em alerta laranja.
Montenegro PSD Alberto João Jardim Chega Albuquerque Público António Costa Parlamento
Ver comentários
C-Studio