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Correio da Manhã

Opinião
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Conversas desfocadas

A prioridade, na Saúde e na Educação, têm de ser os doentes e alunos.
Paulo João Santos 14 de Setembro de 2023 às 00:31
A discussão na Saúde está desfocada. Gastam-se horas, dias, meses em negociações entre Governo e sindicatos dos médicos e não há um minuto para atender às necessidades dos utentes. Não é caso isolado, na Educação acontece o mesmo. Barafusta-se, fazem-se greves, reivindica-se, mas quem sofre as consequências são os alunos e, por arrastamento, os pais. O erro está no facto de se querer resolver os problemas com dinheiro, seja através de intensivos, seja pela melhoria da progressão na carreira.

Não sei se os médicos e os professores ganham muito ou pouco, é uma análise subjetiva, depende do que se compara, mas o estado em que se encontra a Saúde e a Educação está longe de se resolver despejando euros para cima destes e daqueles. Até porque não há a garantia que pessoal mais bem pago seja mais eficiente. Uns serão, outros não. Creio que quem se preocupa com os doentes ou com os alunos, quem se entrega de corpo e alma à missão, pode olhar para a carteira, é natural, todos precisamos de viver, mas não é isso que faz dele melhor ou pior profissional.

O importante, e é isso que não está a ser feito, é elaborar um plano de ação realista e eficaz, que responda aos problemas de alunos e doentes. A prioridade têm de ser eles. Só isso devolverá a normalidade à Saúde e à Educação.
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