A Grécia alinhou ontem pela bitola recente de alguma Europa e nas eleições confirmou a vitória esmagadora da Nova Democracia, que terá no Parlamento a companhia de mais dois partidos de extrema-direita. O partido de Kyriakos Mitsotakis já tinha vencido as eleições do mês passado sem ter recolhido o número de lugares suficientes para a maioria absoluta no hemiciclo da Syntagma. Então, o resultado de Mitsotakis foi inesperado e esmagador, mesmo não tendo sido suficiente para renovar quatro anos de governação, pelo que a vitória deste domingo é apenas a confirmação de uma anunciada viragem à direita. A dúvida não era tanto sobre a vitória de Mitsotakis – que nunca esteve em risco -, mas qual a profundidade da derrota da oposição de esquerda, de Alexis Tsipras. O Syriza despenhou-se e recolheu pouco mais de 17% dos votos.
A vitória de Mitsotakis não é obra dos deuses. No anterior mandato, o Governo da Nova Democracia deu um forte impulso à economia, que cresceu 8,3% em 2021 e 5,9% no ano passado, ou seja, muito acima da média europeia. A indústria grega cresce a olhos vistos e o turismo, setor fundamental da economia, regista valores recorde. Os gregos estão felizes e ontem expressaram-no.