Dois dias depois de Graça Freitas desmentir os rumores que desaconselhavam o Brufen no combate à Covid-19, o medicamento é declarado proscrito. A funcionária garantiu que iria haver no dia seguinte (segunda-feira) um desmentido das autoridades europeias. Ficámos descansados e de Brufen à mão.
Durante 48 horas, um número indeterminável de portugueses, que ainda confiava na diretora-geral, terá recorrido ao dito Brufen.
Depois do alerta mundial de ontem contra o citado medicamento, já não se trata de perguntar, afinal em que ficamos? Pois já é claro que, por alguma razão ainda desconhecida, há uma relação de causa-efeito entre a utilização de Brufen e casos mais graves de infeção pelo novo vírus.
Resta perguntar como fica Graça Freitas? Esta figura, que até me mereceu elogios, nos dias antes da chegada da pandemia, por ter sido frontal, declarando que podia chegar-se a um milhão de infetados.
Ser frontal e ter uma visão técnica, não-política, é o que se deve pedir a uma diretora-geral. Nos antípodas dessa atitude está garantir algo de que não tem a certeza, quando é mais prudente dizer que não sabe, que ainda ninguém sabe.
Afinal, o Brufen é contraindicado. Como Graça Freitas, que perdeu toda credibilidade.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Como tratar da Saúde e dar saúde à Justiça? Quem tem a resposta?
Os arautos da luta contra o MP são pessoas de certezas infalíveis.
Não podemos aceitar um apagão da imprensa escrita em mais de metade de Portugal
"O MP tem culpas neste caso, mas o STJ também não sai bem", por Eduardo Dâmaso.
Os bancos portugueses pagam juros abaixo da média da Zona Euro.
O Pacote Laboral mostrou, até agora, três ou quatro coisas sobre o Governo e nenhuma é boa.