A grande virtude da democracia é o facto de serem os eleitores a escolher os seus representantes nas urnas de voto. E nas Legislativas de 30 de janeiro todos os votos vão contar para o resultado. Até é possível que na noite eleitoral nem haja um vencedor claro e tenhamos de esperar pelo apuramento dos quatro deputados da emigração, para perceber qual a solução de governo, uma vez que as últimas sondagens publicadas em órgãos de comunicação social apontam para um estreitamento das diferenças entre os dois favoritos. E na luta pelos lugares no Parlamento há também algum equilíbrio entre direita e esquerda. Ninguém tem dúvidas de que a última semana de campanha vai ser mesmo decisiva e que quem conseguir convencer os indecisos e tirar mais eleitores da abstenção é que ficará mais perto de alcançar os seus objetivos.
A incerteza é também o sal e pimenta da democracia.
Nestas eleições, PS e PSD apresentam projetos diferenciados, que na prática ainda terão de ser ajustados a acordos pós-eleitorais. Mas mais do que nunca sente-se no ar que nestas eleições até ao lavar dos cestos ainda é vindima.