Mês e meio depois do início da guerra de Israel ao Hamas, contados mais de 12 mil mortos e metade do Mundo em choque com a violência na Faixa de Gaza, enfatizada pela propaganda despudorada de ‘jornalistas’ no terreno ao serviço do grupo islamita, eis que o Norte do território estará sob o controlo de Netanyahu. O obsessivo plano israelita para desmantelar o braço armado do Hamas é feito à custa da destruição de infraestruturas não militares, incluindo hospitais e escolas, que Telavive acredita servirem de escudo ao Hamas. E do êxodo de Norte para Sul de palestinianos, incluindo muitas crianças, as principais vítimas desta guerra. Só que nem as bases islamitas foram aniquiladas – se é que alguma vez serão –, nem Israel trouxe de volta os mais de 200 reféns nas mãos do Hamas. É, por isso, uma questão de tempo a ofensiva para dizimar o Sul de Gaza, onde civis desnutridos se amontoam sem condições sanitárias ou de saúde e onde também se misturarão militantes do Hamas. Sem um urgente cessar-fogo humanitário, a catástrofe civil desta guerra atingirá níveis ainda mais desumanos. Talvez só a crescente contestação interna a Netanyahu para a libertação dos reféns possa salvar os palestinianos.