O aumento exponencial de casos de Covid-19 era esperado. Após dois anos de limitações, as pessoas deixaram de ter tantos cuidados, a guerra na Ucrânia eclipsou a pandemia e voltámos à vida normal como se o vírus já estivesse domado.
Na semana passada assistimos a aglomerações gigantescas de gente por causa da festa do título do FC Porto e nas celebrações de Fátima do 13 de Maio, além das festas académicas que juntaram milhares de foliões de norte a sul.
O aumento de casos está a provocar pressão nos hospitais, mas não é caso para entrar em pânico. O País tem uma excelente taxa de vacinação, o que não impede o contágio, mas mitiga os efeitos.
O que não pode acontecer é voltarmos a regras rígidas que prejudiquem o País. A retoma económica que estamos a ter deve-se ao fim do confinamento. E não podemos retroceder neste caminho.
Pela lei dos grandes números, mais tarde ou mais cedo vamos todos ter contacto com o vírus. Temos de saber viver com o risco, com cuidados, sem pânico nem histeria. Até porque a Covid não é a única razão para o caos nos hospitais.