Repúdio
Dois jornalistas do Correio da Manhã foram expulsos de Moçambique quando cobriam os protestos do povo.
Dois jornalistas desta casa foram expulsos de Moçambique quando cobriam os protestos do povo contra a forma como decorreram as eleições.
O pretexto do poder de Maputo foi um formalismo – a falta de visto de trabalho.
Fazer depender a cobertura jornalística de uma autorização administrativa como é um visto de trabalho é colocar nas mãos de um Estado pouco democrático o poder de decisão sobre o trabalho jornalístico, e visa apenas lançar um manto de silêncio sobre os acontecimentos no país.
Ora, nada nem ninguém silencia o Correio da Manhã. Nada nos detém na nossa missão de informar de forma rigorosa e independente – no que diz respeito à situação de Moçambique, ou sobre qualquer outra notícia em qualquer ponto do país ou do mundo.
Onde haja um facto de interesse público que alguém queira ocultar, o Correio da Manhã, em todas as suas plataformas, fará sempre o seu trabalho de escrutínio jornalístico, sempre do lado dos cidadãos.
O que se passou com os jornalistas Alfredo Leite e Marc Ricardo Silva é uma prática intolerável, que o Correio da Manhã tem a obrigação de denunciar e de repudiar.
Tal como repudia o silêncio cúmplice e infame do Estado português sobre este ataque aos valores fundamentais de uma sociedade livre e democrática.
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