A exaustiva Acusação, que o CM, hoje, começa a revelar, é um forte contributo para o reforço da confiança dos cidadãos na Justiça.
Um ex-líder do Governo e um bom punhado de costumeiros intocáveis acabam acusados de múltiplos crimes graves contra a comunidade nacional a que pertencem e que deveriam servir.
Cabe agora à defesa rebater os sólidos indícios contra os arguidos, usando os vários alçapões legais, e aos juízes julgarem.
Os jornalistas do CM continuarão a cumprir a sua missão de informar. Como fizeram durante os governos de Sócrates e sempre fazem relativamente a todos os governos.
No caso de José Sócrates, o CM manteve a investigação sobre o ex-primeiro-ministro devido aos sinais exteriores de riqueza, que acentuou depois de sair do poder. Com o País mergulhado em profunda crise.
O que o CM noticiou nos últimos anos é, naturalmente, apenas uma breve parte do que fica plasmado nas mais de quatro mil páginas da Acusação.
Aqui, resulta nítido o retrato de um País capturado por interesses privados de génese criminosa. Que a todos nos empobreceu.
Gente que, por um punhado de milhões, na Suíça ou Singapura, não hesitava em vender Portugal a retalho.
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