Terminada a maratona de debates, uns animados, outros nem por isso, é hora de respirar fundo e esperar o que a campanha nos reserva, na esperança de ver esclarecidos os temas que fazem parte da agenda de um chefe de Estado e que foram esquecidos nos duelos televisivos. É importante perceber o que cada um pensa da vida e das coisas, mas o que interessa saber, sobretudo, é o que cada um se propõe fazer, dentro das suas competências, se chegar a Belém. As sucessivas sondagens que têm sido publicas revelam que nenhum candidatos assume claro favoritismo face aos restantes. O mais ‘votado’ anda pelos 20%. Também permitem concluir a morte lenta da esquerda, PS incluído, que corre sérios riscos de ficar pelo caminho logo na primeira volta, em linha do que aconteceu nas duas últimas eleições legislativas, sempre a cair, assumindo um papel cada vez mais irrelevante. Todos os candidatos de esquerda, juntos, colhem pouco mais que um quinto das intenções de voto dos portugueses. E, não menos importantes, de como os comentadores, que analisaram o comportamento dos candidatos nos debates e atribuíram notas, veem o mundo ao contrário.
Com uma percentagem elevada de eleitores indecisos, cuja opção poderá ser determinante para eleger a dupla que segue em frente, cabe agora a cada candidato dizer ao que vem e de que forma pode contribuir para tornar Portugal melhor e diferente. No fundo, é apenas e só isso que está em causa.
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