A guerra na Ucrânia está a ficar muito cara à Europa, que se debate com sérios problemas internos, da falta de habitação ao caos na imigração, passando pelo aumento da criminalidade violente e, no caso português, pelo salve-se quem puder na Saúde. Não que a segurança do espaço europeu não deva estar no topo das prioridades, e que os mecanismos de defesa não devam ser reforçados, mas há um momento em que é preciso parar e pensar se o rumo que está a ser seguido é o mais indicado. Ora, esse momento já passou e as soluções encontradas até agora estão longe de conduzir à resolução do conflito. Após quatro anos de guerra, centenas de milhares de vidas perdidas e gigantescos cemitérios de escombros em várias regiões da Ucrânia, só há um caminho possível: a paz, mesmo que isso signifique, para os ucranianos, a perda de território. Porque como afirmou o primeiro-ministro belga, Bart De Wever, no início deste mês, “ninguém acredita na derrota da Rússia na Ucrânia”. É injusto? Não. É um precedente grave? É. O problema é que a alternativa é a continuação da guerra, sabe-se lá por quanto mais tempo, e os gastos financeiros que isso implica para manter a resistência ucraniana. Seria, pois, aconselhável que os lideres da União Europeia voltasse a olhar para o plano Trump. Tenho ideia que muita gente o criticou sem o ler ou não o tenha considerado por vir de quem vinha. Mas está lá tudo.
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