Olhar CM

A gripe do PSD

25 de julho de 2016 às 01:45
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O PSD está agora na política portuguesa como um jogador de póquer em pleno bluff. Os sociais-democratas não têm líder que os possa levar a vitórias, mas esperam que as cartas lançadas por Bruxelas possam fazer cair as mãos ao atual Governo.

Enquanto o PSD está paralisado no seu passado recente, ao CDS falta apenas o golpe de asa de algum euroceticismo para começar a trepar nas sondagens.

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Ao contrário do PSD, os centristas viraram a página da governação. Portas saiu de palco e Assunção Cristas é uma líder empática, criativa, trabalhadora, a quem qualquer português médio compraria um carro em segunda mão.

Esta incapacidade dos laranjas para se reinventarem não respeita a herança de um partido com absoluta necessidade de poder. Tendo Passos como principal trunfo, o PSD vai continuar a afundar-se nas sondagens, a ver o CDS subir, à sua direita, e o PS consolidar uma virtual maioria absoluta nos braços do Bloco. Este cenário é bom para Portugal?

Que o PSD tenha uma estrondosa derrota nas autárquicas de 2017 não é grave. Muito grave é o País ter de esperar tanto tempo pelo necessário reequilíbrio ao centro.

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Só os dirigentes do PSD não percebem que os portugueses desejam tanto o regresso de Passos Coelho ao poder como apanhar uma forte gripe no verão.

Leia a notícia que deu origem a esta opinião: Socialistas e BE já conseguem maioria

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