Na questão do terrorismo fica bem clara a falta de qualidade da atual classe política continental. O que os líderes europeus, com França e Alemanha à cabeça, ainda podem decidir é se será preferível tomar medidas de exceção num ambiente de Estado de Direito democrático, ou se preferem continuar paralisados até que as extremas-direitas os façam cair pela força do voto de povos em pânico.
Foi histórico o erro, para o qual alertámos aqui no tempo certo, de não ter assumido a coragem da decisão de ocupação militar do território instável e a triagem do perfil dos refugiados antes da sua entrada na Europa.
Preferiu-se meros ataques aéreos, que ainda mais agudizaram o caudal do êxodo. Estes Hollandes, Merkels e Camerons, a que estamos condenados, temem mais perder soldados em solo alheio do que centenas de cidadãos indefesos no coração das suas cidades.
O regime de pulseira eletrónica a que um dos assassinos da Normandia estava sujeito é apenas o último grito de alerta para uma tolerância cega das democracias a caminho do abismo.
Leia a notícia que deu origem a esta opinião: Serviços de segurança franceses criticados
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