Legislativas: vencedor sacrifica programa
Cavaco Silva insiste num acordo pós-eleitoral.
O Presidente da República defendeu esta quinta-feira que o partido que ganhar as legislativas não vai executar o seu programa eleitoral, mas sim um programa que resulte de compromissos com outros partidos, caso não haja maioria absoluta.
"Há muita coisa que se diz durante a campanha, mas o que é preciso ter em atenção, como acontece nos outros países da Europa, é que quando terminam as eleições cada um faz as suas concessões. E por isso, aquilo que vai ser executado pelo governo não é o programa do partido A nem o programa do partido B, é aquele que resulta da junção das diferenças dos programas de cada um deles, é assim que deve ser, é assim que se passa nos outros países", afirmou Cavaco Silva no final de uma visita a uma fábrica de cortiça em São Brás de Alportel.
O Presidente insiste na necessidade de um compromisso pós-eleitoral, que pode passar por um acordo de incidência parlamentar, para garantir a estabilidade, caso não haja uma maioria absoluta. E perante a já anunciada recusa do PS em governar com o PSD, Cavaco afastou a ideia de que essa posição seja definitiva e não possa ser alterada após as eleições. O PSD recusou-se a comentar as declarações. António Costa, à entrada para um jantar com a Confederação de Turismo, não respondeu a perguntas.
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