BE marcha na EN 125 e diz que Algarve não pode ter portagens
Bloquistas classificam aumento do número de acidentes como "uma calamidade".
Os deputados do Bloco de Esquerda (BE) integraram este sábado uma marcha contra as portagens na Estrada Nacional 125 (EN125), e sublinharam que o Algarve não pode ter portagens porque a A22 não é uma "verdadeira alternativa".
"A EN125 não representa qualquer alternativa credível à Via do Infante [A22]. É uma luta bastante antiga, queremos o Algarve livre de portagens", disse aos jornalistas o deputado do BE João Vasconcelos, eleito pelo Algarve.
O bloquista falava no arranque de uma marcha de cerca de um quilómetro ao longo da EN125, e lamentou que no ano passado tenha havido cerca de dez mil acidentes no Algarve e neste ano o número vá já "perto dos quatro mil", o que representa uma "calamidade".
"Iremos apresentar iniciativas no Orçamento do Estado e não só, para que o Algarve efetivamente fique sem portagens", disse, considerando que isso iria diminuir a sinistralidade rodoviária.
O acordo parlamentar com o PS de viabilização do Governo não aborda este tema, reconheceu, adiantando que o BE "quer sempre ir mais além" e esta "luta antiga" continua na agenda do partido.
Nas jornadas parlamentares na região do Algarve, que hoje terminam, e onde se incluiu a iniciativa na EN125, os deputados têm debatido o combate às assimetrias regionais e promovido a valorização dos serviços públicos.
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