Três semanas para fixar novo quadro de pessoal no Porto de Setúbal
Ministra do Mar sentou-se com operadores, estivadores e administração para fechar solução no curto prazo.
O Governo incumbiu a administração do Porto de Setúbal de definir, de forma clara, o número de trabalhadores permanentes que são necessários à atividade, para que seja exigida à concessionária a redução da precariedade. Caberá ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) verificar se os privados cumprem.
A ministra do Mar sentou ontem à mesa das negociações estivadores, administração dos portos e operadoras privados e impôs um "conjunto de compromissos e cedências de todas as partes envolvidas" no conflito laboral no porto de Setúbal.
O ministério exortou os estivadores a "suspenderem a sua paralisação" de imediato e a administração do porto a avaliar a necessidade de contratação para os quadros permanentes.
"A administração do porto de Setúbal tem até três semanas para fazer uma recomendação inequívoca e sustentada sobre a dimensão do número de trabalhadores necessários para estes quadros permanentes", fixava o documento que foi entregue em mãos, por Ana Paula Vitorino, às 13 entidades participantes na reunião.
A governante entende que "as empresas de trabalho portuário de Setúbal devem, de imediato, iniciar o processo de eliminação da precariedade" e "constituir um quadro permanente adequado às suas operações".
No porto de Setúbal, 90% dos trabalhadores são precários e só 10% pertencem aos quadros das empresas. Todos os dias os estivadores são contratados, por SMS, ao turno. Caberá ao IMT, que licencia as empresas portuárias, "auditar e garantir o cumprimento" das indicações.
Neste período, os trabalhadores e os sindicatos terão de suspender a greve e "abster-se de qualquer ação que bloqueie o bom funcionamento do Porto". Ana Paula Vitorino afirmou aos jornalistas que acredita num acordo até sexta-feira.
Ontem ao final da noite, a reunião ainda decorria.
Leixões já recebeu 700 viaturas da Autoeuropa
Doze anos depois, o porto de Leixões, em Matosinhos, começou esta segunda-feira a receber 700 automóveis da Autoeuropa para embarque, podendo chegar a um parqueamento de 5000 carros até final do ano, anunciou a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo.
A fábrica de Palmela tem procurado soluções alternativas para contornar o bloqueio em Setúbal.
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