José Miguel Júdice reviu acordo e admite tensão por causa da reforma de Pinho no BES

Acordo de Manuel Pinho foi revisto para a cessação de funções executivas no Banco Espírito Santo.

15 de janeiro de 2024 às 14:37
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O advogado José Miguel Júdice disse esta segunda-feira em tribunal ter revisto o acordo do ex-governante Manuel Pinho para a cessação de funções executivas no BES e admitiu que a questão da reforma aos 55 anos gerou alguma tensão.

Ouvido como testemunha em mais uma sessão do julgamento no caso EDP no Juízo Central Criminal de Lisboa, o advogado frisou que ajudou sempre o antigo ministro da Economia "como amigo" e que foi nessa qualidade que em 2005 veio analisar o acordo assinado um ano antes com o ex-presidente do BES Ricardo Salgado e o administrador Mosqueira Amaral, assegurando que o objetivo de Pinho era salvaguardar o cumprimento do acordado apesar de ir para o Governo.

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"Em 2005 pediu-me para dar uma olhadela a um documento. Havia a expectativa de vir a ter funções executivas e fui rever um acordo que tinha sido feito uns tempos antes. Ele queria assegurar que uma parte do acordo - reformar-se aos 55 anos - não suscitava quaisquer dúvidas", explicou, continuando: "Reafirma a ideia de que ele ao aceitar a pasta da Economia não ia afetar os direitos que tinha acordado com o banco".

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