Carneiro acusa Governo de se vangloriar de trabalho feito pelo PS na habitação
Secretário-geral do PS defendeu que PSD/CDS-PP "não colocaram uma única casa" no mercado.
O secretário-geral do PS acusou este sábado o Governo de se vangloriar de um trabalho que foi feito pelos executivos socialistas e que permitiu entregar 10 mil habitações, defendendo que PSD/CDS-PP "não colocaram uma única casa" no mercado.
José Luís Carneiro esteve esta tarde na apresentação da candidatura de Miguel Paulo à Câmara de Rio Maior, distrito de Santarém, discurso no qual voltou ao tema da habitação, um dos compromissos dos candidatos do PS às autárquicas de 12 de outubro.
"O Governo que vem vangloriar-se com as 10 mil casas que entregou até hoje, está-se a vangloriar do trabalho realizado e desenvolvido pelos governos do Partido Socialista, porque, até hoje, ainda não colocaram uma única casa no mercado de habitação", acusou.
Segundo o líder socialista, foi o PS que, no Governo, negociou o Plano de Recuperação e Resiliência em Bruxelas e também fez as negociações com os municípios de todo o país para as estratégias locais de habitação, que permitem responder com 26 mil casas.
"Sei que nas redes [sociais], tantas vezes, há aqueles que nos perguntam: mas então o que é que vocês fizeram em oito anos? Na habitação e em tantas outras áreas? Eu peço, com elevação, com sentido de responsabilidade, respondam que fomos nós", apelou.
Carneiro enfatizou que foi o PS que negociou "um importante pacote de investimento financeiro para permitir o planeamento da primeira estratégia nacional de habitação" e garantiu "uma parte do financiamento para essas estratégias locais de habitação".
"É preciso agora que o Governo cumpra aquilo que ficou planeado, e com garantias de financiamento, e é necessário que o Governo faça a sua própria parte que é planear para investir ainda mais nas necessidades de habitação do nosso país", pediu.
As novas medidas para a habitação apresentadas pelo Governo voltaram a não ficar de fora do discurso.
"Quando o primeiro-ministro do nosso país vem considerar, como renda moderada, rendas de 2.300 euros, por um lado, mostra que desconhece as condições de vida das portuguesas e dos portugueses das classes médias do país", acusou.
Esta medida, segundo o líder do PS, vai "contribuir para que os preços da habitação acabem por subir ainda mais do que aquilo que já subiram".
"Vamos ter jovens que não vão conseguir ficar nas habitações onde estão hoje, porque as rendas vão de novo subir, porque esta não é uma resposta para as necessidades que têm as famílias e os jovens no nosso país", avisou.
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