'Chairman' da dona do Daily Mail recorda homem extraordinário e amigo leal
Nas suas palavras, classificou o fundador do grupo Impresa de "extremamente inteligente e independente, além de sábio e gentil".
O 'chairman' do grupo de media britânico Daily Mail and General Trust (DMGT) afirmou esta quarta-feira à Lusa que Francisco Pinto Balsemão "foi um homem extraordinário" e um amigo leal, "cujos conselhos eram sempre sinceros, inteligentes e sábios".
Contactado pela Lusa, o visconde Rothermere, presidente do Conselho de Administração da dona do Daily Mail destacou que "Francisco foi um homem extraordinário que, de muitas maneiras, representou a jornada que seu país percorreu ao longo do último século".
Nas suas palavras, classificou o fundador do grupo Impresa de "extremamente inteligente e independente, além de sábio e gentil".
Francisco Pinto Balsemão "nunca deixou que a adversidade o atrapalhasse, mas encarava os desafios como uma forma de crescer e ter sucesso como pessoa e nos negócios", prosseguiu o gestor.
"Ele era um amigo muito leal, cujos conselhos eram sempre sinceros, inteligentes e sábios" e "amava a vida, vivia-a ao máximo e apreciava a companhia de outras pessoas que compartilhavam a mesma visão", sublinhou.
Francisco Pinto Balsemão "tocou muitas pessoas de uma forma muito positiva e fará muita falta a elas", concluiu o 'chairman'.
Pinto Balsemão foi membro não-executivo do Conselho de Administração do Daily Mail, entre 2002 e 2017.
O Conselho de Ministros aprovou hoje o decreto de luto nacional de dois dias pela sua morte, a cumprir hoje e quinta-feira, disse à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro.
Balsemão foi uma personalidade incontornável da história dos media em Portugal, um jornalista que nunca deixou de ser político, tendo como fio condutor a luta pela liberdade de expressão e o direito a informar.
Fundador do semanário Expresso, ainda durante a ditadura (1973), e da SIC, a primeira televisão privada em Portugal, morreu na terça-feira aos 88 anos, de causas naturais.
Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata PSD. Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1981 e 1983, e foi, até agora, membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.
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