Ana Gomes sobre corrida a Belém: “Não devo nem posso desertar do combate”
Candidata promete “independência” de interesses, criticando a postura de Marcelo.
“Não devo, nem posso desertar deste combate pela democracia. Tenho abertura e capacidade para dialogar. Quero ouvir todos os quadrantes democráticos. E cuido, sempre cuidei e quero cuidar deste País”, afirmou a ex-eurodeputada.Num discurso marcado por críticas claras à postura do PS, a socialista admitiu que esperava um candidato próprio do partido. “Não compreendo nem aceito a desvalorização de um ato tão significante como a eleição para a Presidência da República. Como pode o socialismo democrático não participar nesta eleição?”A diplomata de 66 anos insistiu que “não quer dividir o PS”, esperando agora que este decida livremente se adere à sua candidatura. Mesmo com António Costa a apoiar publicamente Marcelo, Ana Gomes confirmou algum apoio interno no PS, “incluindo de dirigentes”.A socialista explicou ainda que dá este passo perante “tempos estranhos”, em que a pandemia acentua desigualdades e “forças oportunísticas com agendas antidemocráticas” se aproveitam da incerteza, numa alusão ao Chega de André Ventura.
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