André Ventura insultado e cuspido por ciganos em Braga

Grupo de etnia cigana recebe presidente do Chega com protesto. Houve até arremesso de artefactos pirotécnicos.

09 de maio de 2025 às 01:30
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André Ventura foi esta quinta-feira recebido em Braga com cuspidelas e arremesso de artefactos pirotécnicos, no segundo dia consecutivo de embate entre elementos da comunidade cigana e a comitiva do Chega. Na cidade dos arcebispos as acusações intensificaram-se. “Pedófilos, ladrões”, gritaram os cerca de duas dezenas de manifestantes, numa referência a casos recentes com membros do partido. “Vão mas é trabalhar, se trabalhassem, não estavam aqui”, contra-atacou Ventura, que não ficou sem resposta do grupo. “Não quero que o meu filho sofra este tipo de racismo. Não percebem que se este ódio continuar, isto acaba com uma guerra civil?”, questionou um dos homens que se opuseram de modo veemente à ação de campanha do Chega.

“Continuamos a ter um conjunto de ciganos, que são, nalguns casos, os mesmos, que andam pelo País todo. Têm de estar organizados. Eu não sei se é a própria comunidade que se organiza, se são os partidos de esquerda, não sei. Sei que estão organizados e sei que estão plantados”, apontou Ventura, que no final da arruada até cantou “não temos medo, não temos medo”, em coro com as cerca de duas centenas de militantes que o ouviram discursar na Praça Conde de Agrolongo.

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Na intervenção, atirou críticas aos partidos que se opõem ao Chega. “A culpa é dos 50 anos de Governos” que antecederam o que será eleito no próximo dia 18, defendeu. O deputado Filipe Melo, cabeça de lista por Braga, dirigiu-se ao grupo de etnia cigana, mas foi afastado. “Vai-te embora, fascista”, ouviu, numa acusação que, de resto, é recorrente.

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