Banco Central Europeu reúne-se em dezembro para decidir taxas
Desde 2022, o BCE aumentou a taxa de juro de referência 10 vezes.
O Banco Central Europeu (BCE), liderado por Christine Lagarde, poderá voltar a descer as taxas de referência já no próximo mês de dezembro. Se for essa a decisão dos governadores na reunião do próximo dia 12, será o quarto corte este ano. Na última semana, pelo menos dois governadores, o grego e o cipriota, defenderam mais uma redução. Yannis Stournaras e Christodoulos Patsalides juntam-se assim ao governador português, Mário Centeno, que tem repetidamente defendido o recuo das taxas.
O corte poderá ser de 25 pontos-base, antecipam alguns analistas, tendo em conta a cautela seguida até agora pelo BCE: um primeiro corte em junho, em setembro e em outubro.
Desde 2022, o BCE aumentou a taxa de juro de referência 10 vezes. Esta posição visou conter a escalada da inflação, impulsionada pela guerra na Ucrânia, e contribuir para o seu regresso ao valor definido pelo BCE: 2%.
A Euribor - cujo valor depende das taxas que 21 bancos europeus cobram diariamente entre si - reflete o comportamento das decisões do BCE, muitas vezes antecipando a tendência.
Com as reduções do BCE, as previsões do Governo e do Banco de Portugal é a de que a taxa média da Euribor no prazo de 3 meses se fixe no próximo ano em, respetivamente, 2,4% e 2,5%, portanto, sem diferenças significativas entre si. A taxa diária no prazo de três meses fixou-se, no final da semana passada, em 3,022%, enquanto a de 6 meses e a de 12 se fixaram em, respetivamente, 2,770% e 2,489% - as duas mais usadas no crédito à habitação.
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