BE acusa coligação de manipular início ano letivo para fins eleitorais

Porta-voz bloquista visitou a Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa.

18 de setembro de 2015 às 17:53
Bloco de Esquerda, Catarina Martins, ano letivo, educação, atraso, política, partidos e movimentos Foto: Manuel de Almeida/Lusa
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A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, acusou a coligação de manipular e atrasar o início ano letivo para fins eleitorais, escondendo os problemas da escola pública, condenando "um claro favorecimento do ensino privado feito por este Governo".

Na sequência do que tem feito nos últimos dias de pré-campanha, o BE voltou esta sexta-feira a visitar o que considera serem os "bons exemplos" e escolheu a Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa, tendo Catarina Martins afirmado que "a escola pública é sem dúvida do melhor que a democracia construiu", mas criticando o facto de à data ainda não haver aulas a decorrer em Portugal.

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"Houve uma manipulação de PSD e CDS sobre o início ano letivo para fins eleitorais e com prejuízo de todas as famílias, dos milhões de alunos, que não estão a ter acesso às aulas", disse.

Na opinião da porta-voz do BE, o facto de o Governo "ter atrasado o ano letivo foi uma forma de esconder os problemas da escola pública", denunciando ainda "um claro favorecimento do ensino privado feito por este Governo".

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"Nunca tinha o ano letivo começado tão tarde desde que Portugal entrou na União Europeia. A escola pública está a começar o ano letivo duas semanas depois das escolas privadas, no mesmo ano em que o Governo decidiu abrir 600 novas turmas das escolas privadas pagas com dinheiro público", evidenciou.

Crítica às deduções de educação no IRS

Um dos favorecimentos que Catarina Martins condena tem a ver com a questão fiscal uma vez que "as famílias que têm as crianças na escola privada podem deduzir todas as despesas com a educação no IRS e quem tem as crianças na escola pública fica com as despesas, para lá dos manuais, impossibilitadas de terem essas mesmas deduções para IRS".

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"Nós sabemos como as famílias tiveram que pagar manuais escolares tão caros este ano. O Governo fez um protocolo com as editoras que lhes permitiu aumentar os preços dos manuais em 10% e alterou as metas curriculares não deixando que os livros de uns filhos sirvam para os seus irmãos", criticou.

A também coordenadora do BE realçou que a "escola pública é o melhor que tem a democracia" e que o que "este Governo tem feito à escola pública é imperdoável".

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