Candidato do Livre/BE a Almada quer dar voz às reivindicações dos pescadores de Arte Xávega
Sérgio Lourosa Alves defende a necessidade de mais diálogo com os pescadores e de trabalho em conjunto para garantir melhorias para o desenvolvimento da atividade.
O candidato da coligação Livre/BE à presidência de Almada disse esta quarta-feira querer dar voz às reivindicações dos pescadores de Arte Xávega da Costa de Caparica, que advogam a criação de um corredor de acesso às praias do sul.
Sérgio Lourosa Alves, que se reuniu esta quarta-feira com a Ala-Ala - Associação de Pesca Profissional da Costa da Caparica numa ação de campanha, defende a necessidade de mais diálogo com estes profissionais e de trabalho em conjunto para permitir melhorias para o desenvolvimento da sua atividade.
O presidente da associação, Ricardo Pinto, explicou que esse corredor de acesso iria facilitar a prática da atividade nas praias sul da Costa da Caparica, onde pescam mais durante o verão, e poderia também ser para usufruto de outras autoridades, como os bombeiros.
"Há três ou quatro problemas que fazem com que a pesca esteja a decrescer e o pessoal novo não venha, um dos quais é a limitação de horário e de zonas para podermos pescar. É muito importante resolver esta falta de regulamento que nos permita ter uma atividade mais aberta e mais regulamentada porque precisamos de pescar mais", disse Ricardo Pinto aos jornalistas, adiantando que atualmente a atividade só pode ser desenvolvida a partir das 18h00.
O regulamento atual, explicou, diz que os pescadores são os últimos a poder operar na praia.
"Operam os bares de praia, nada contra, operam os surfistas, operam o turista que vem e também usufrui da praia e nós não conseguimos fazer a nossa prática", disse, acrescentando que "a Câmara tem o dever e deve fazer com que esta pesca possa operar e garantir a sua sustentabilidade e a sua permanência por longos anos".
Para o candidato da lista "Almada em Comum", que junta Bloco de Esquerda e Livre na corrida à Câmara Municipal de Almada, no distrito de Setúbal, existe atualmente "uma falta de vontade política por parte da Câmara e de um diálogo concreto, franco, aberto com as associações".
Sérgio Lourosa Alves especificou que o seu projeto "Almada em Comum" pretende estreitar o diálogo com as associações, com as pessoas e com as gentes de Almada, da Costa de Caparica e de todas as freguesias do concelho para a resolução de problemas como os descritos.
"Para nós vai ser um ponto de trabalho e de luta para que estes homens possam aceder ao seu trabalho", disse.
Sérgio Lourosa Alves (Livre) e Jefferson Oliveira (BE), candidato à Assembleia Municipal, lembraram também que a Arte Xávega da Costa de Caparica é classificada como Património Cultural Imaterial Nacional desde 2017 e que pode ser um museu vivo.
"Nós não queremos que este património imaterial, como o Jefferson já disse, fique num museu ou em fotos. É muito mais interessante que as pessoas venham, vejam este museu a céu aberto, ao vivo", disse o cabeça de lista da coligação.
Sérgio Lourosa Alves adiantou que para a coligação "Almada em Comum" o diálogo pode abrir caminhos e é essa abertura que afirma querer trazer para o executivo daquela autarquia.
A ação de campanha do projeto "Almada em Comum" contou hoje com o porta-voz do Livre, Rui Tavares, e com Joana Mortágua (BE), que é atualmente vereadora na Câmara Municipal de Almada.
A Câmara Municipal de Almada é atualmente liderada pela socialista Inês de Medeiros, que se recandidata à presidência da autarquia para um terceiro mandato.
O atual executivo é composto por cinco eleitos do PS, quatro da CDU, um do BE e um do PSD. Tanto em 2017 como em 2021, PS e PSD fizeram um acordo para formar uma maioria absoluta no executivo.
Concorrem à presidência da Câmara Municipal de Almada, nas eleições autárquicas de 12 de outubro, Inês de Medeiros (PS), Luís Palma (CDU -- coligação PCP/PEV), Hélder Sousa e Silva (PSD), Ana Clara Birrento (CDS-PP), Carlos Magno (Chega), Sérgio Lourosa Alves (Livre/BE), Carlos Alves (IL) e Marina Marques (PAN).
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