César diz que apoio formal a Seguro "esgota participação" do PS

Presidente do PS defendeu que as eleições são "um ato de liberdade", sabendo-se que "o Partido Socialista tem preferência por esse candidato".

19 de outubro de 2025 às 21:48
Carlos César Foto: António Cotrim/Lusa
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O presidente do Partido Socialista, Carlos César, defendeu este domingo que para o PS António José Seguro "é o melhor" candidato presidencial, explicando que com o apoio aprovado o partido "esgota a sua participação enquanto entidade autónoma" nesta eleição.

Carlos César falava aos jornalistas no final da Comissão Nacional deste domingo, que decorreu em Penafiel, distrito do Porto, reunião na qual foi aprovado, apenas com duas abstenções e sem votos contra, o apoio do PS a António José Seguro nas eleições presidenciais do próximo ano.

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"A opção que nós temos de fazer é, olhando para os candidatos, saber qual é o melhor. E, para o Partido Socialista, o melhor é o doutor António José Seguro", defendeu, quando questionado se Seguro era o candidato ideal ou o candidato possível.

Questionado sobre quais serão os termos do apoio, Carlos César explicou que se trata da formalização deste apoio, mas que o partido "não determina o comportamento individual das pessoas, dos cidadãos, sejam eles os seus dirigentes, os seus militantes, os seus simpatizantes".

"O Partido Socialista o que aprovou hoje foi o apoio formal enquanto instituição a um dos candidatos e é aqui que o Partido Socialista esgota a sua participação enquanto entidade autónoma na eleição presidencial. O resto desta eleição presidencial compete aos candidatos que dizem ao que veem e compete aos cidadãos que optam perante aquilo que veem nos candidatos", afirmou.

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O presidente do PS defendeu que as eleições são "um ato de liberdade", sabendo-se que "o Partido Socialista tem preferência por esse candidato".

"A opção do Partido Socialista, como a própria resolução que foi aprovada esclarece com clareza, não impede que os militantes decidam, noutro sentido, se acharem em boa consciência que é essa a decisão que devem tomar", ressalvou.

Para Carlos César, o PS "não está nada dividido".

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"Está unido na apreciação que faz da recuperação eleitoral que fizemos nestas autárquicas, está unido na comunicação que fizemos de votar na abstenção a viabilizar o Orçamento de Estado e está unido na resolução que aprovamos de apoio à candidatura do doutor Seguro", enfatizou.

Questionado sobre o facto de haver socialistas que integram e apoiam outras candidaturas às eleições presidenciais, o presidente do partido considerou que "estão no seu plano de direito, usando o direito que têm", destacando que "não há nenhum aprisionamento da vontade própria e das convicções de cada um".

"A opção do Partido Socialista não impede, como a própria resolução que foi aprovada esclarece com clareza, não impede que os militantes decidam noutro sentido, se acharem em boa consciência que é essa a decisão que devem tomar", enfatizou.

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Na reunião de hoje, segundo informações avançadas à Lusa por fontes socialistas, uma das vozes dissonantes em relação ao apoio a Seguro foi o ex-ministro da Saúde Correia de Campos, que é mandatário distrital da candidatura de Henrique Gouveia e Melo.

Correia de Campos referiu que o PS ficou com o candidato remanescente e disse que, apesar de compreender a proposta feita, preferiria que o partido não apoiasse ninguém, tendo desde logo anunciado que se iria abster.

Uma das preocupações manifestadas pelo ex-ministro foi o facto de Seguro ter nos seus apoiantes defensores dos privados na saúde.

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