Chega, Iniciativa Liberal e Livre fora do debate com António Costa

PS, Bloco, PCP e ‘Verdes’ decidiram não dar tempo aos partidos com deputados únicos.

09 de novembro de 2019 às 07:34
PSD, CDS e PAN defendem que exceção dada na anterior legislatura deve ser alargada aos três novos partidos Foto: João Miguel Rodrigues
António Costa Foto: Lusa
António Costa Foto: Lusa

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Os partidos Chega, Iniciativa Liberal (IL) e Livre, todos com deputados únicos, não vão poder intervir no próximo debate quinzenal com o primeiro-ministro, no dia 13. A decisão foi tomada esta sexta-feira em conferência de líderes com os votos favoráveis do PS, BE, PCP e PEV, enquanto PSD, CDS e PAN defenderam que deveria ser adotada a exceção atribuída, na legislatura anterior, ao então deputado único, André Silva.

A posição foi contestada pelo IL e Chega, que apresentaram propostas de alteração ao regimento da Assembleia da República para que os deputados únicos sejam equiparados aos grupos parlamentares.

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"É inadmissível que remetam os três novos partidos ao silêncio mais profundo, isto parece a venezuelização de Portugal", afirmou André Ventura, do Chega, ao CM. O deputado ameaça "protestar no dia do debate", mas não adiantou de que forma se irá manifestar. O Livre também criticou a "falta de espírito democrático". E até Marcelo Rebelo de Sousa recordou que "já há um precedente".

Os projetos de alteração ao regimento vão ser analisados na terça-feira, véspera do debate, e "se forem aprovados no início do plenário podem permitir a intervenção dos deputados únicos", esclareceu Duarte Pacheco, do PSD. Mas, para isso, é preciso que "todos concordem com essa votação extraordinária, que numa situação normal só aconteceria sexta-feira", acrescentou o porta-voz da conferência de líderes.

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