Costa aberto a ajustar desconto a emigrantes
Redução de 50% no IRS para quem emigrou "não resolve todos os problemas", defende governante.
O primeiro-ministro, António Costa, está aberto a ajustar a proposta do governo de reduzir para metade o IRS dos emigrantes que queiram regressar ao País. O também secretário-geral do PS reconhece que a medida "não resolve todos os problemas" mas acredita na possibilidade de encontrar com os críticos "uma solução" para resolver as "carências de mão de obra" .
Num vídeo publicado no site do PS, António Costa garante que ouviu "com interesse" as críticas dos últimos dias, lançadas da esquerda à direita, que o acusavam de eleitoralismo, discriminação e de anunciar uma medida ineficaz.
Em causa está a proposta de reduzir em 50% o IRS para quem emigrou entre 2011 e 2015 e queira voltar até 2020. "Tenho a certeza de que deste debate sairá uma solução final que corresponde ao objetivo fundamental: aumentar os recursos humanos do País", diz, para de seguida advogar a medida.
"Uma crítica que tenho ouvido é que esta proposta não resolve tudo. Claro que não", vinca. Para convencer os emigrantes a voltar é preciso "emprego e emprego de qualidade". "Por isso, a nossa prioridade foi combater o desemprego."
O líder do PS rejeita ainda que a medida seja discriminatória, quer para os emigrantes que ficam de fora (e que continuam a beneficiar "do estatuto de residente não habitual"), quer para quem ficou no País. "A esses temos procurado corresponder com o aumento de rendimentos e criação de emprego."
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