Cristas trama Jerónimo com IMI
Com 15 milhões em imóveis, comunistas seriam os mais afetados com alteração à lei.
O CDS quer acabar com as isenções do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para os partidos a partir de janeiro. A proposta atinge sobretudo o PCP, o partido com maior património imobiliário, avaliado, em 2014, em cerca de 15 milhões de euros. Nesse ano, os comunistas pagaram 29 mil euros de IMI, uma vez que só os prédios afetos à atividade partidária estão isentos.
"Se há mais impostos para os portugueses, não se justifica que os partidos fiquem fora deste esforço", disse Nuno Magalhães, líder da bancada do CDS, partido cujo património imobiliário (595 mil euros) é 25 vezes inferior ao do PCP. A sede do CDS, em Lisboa, pertence à Igreja, ou seja, ao abrigo da Concordata está isenta de IMI. O CDS paga mil euros mensais de renda e tem que suportar as obras que forem necessárias.
O BE – com património de 1,5 milhões – defende o fim da isenção e terá também uma proposta própria. Já o PS –cujo património ronda os 7,7 milhões– está disponível para dialogar, mas João Paulo Correia, avisa que "não cede a demagogias".
A Associação de Municípios pediu, entretanto, ao Governo para rever as últimas alterações ao código de IMI que dão mais peso à exposição solar das casas. "Estamos a trabalhar para o aperfeiçoamento da lei", diz ao CM, Manuel Machado, líder da ANMP.
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