Montenegro como a "versão olhos azuis" de Costa e Ventura sem "capacidade de governação": o que foi dito no debate

Presidente da AD frisou que o Chega "comporta-se como um cata-vento" e que "nunca vai ter lugar no Conselho de Ministros".

24 de abril de 2025 às 21:06
André Ventura e Luís Montenegro Foto: Direitos Reservados
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Luís Montenegro, presidente da Aliança Democrática, afirmou, esta quinta-feira, no debate legislativo com André Ventura, transmitido na SIC, que é "impossível governar com o Chega". Para o primeiro-ministro, tanto o Chega como André Ventura não têm "capacidade de governação". O presidente da AD frisou que o Chega "comporta-se como um cata-vento" e que "nunca vai ter lugar no Conselho de Ministros".

"A política do Chega tem um pendor destrutivo. Não tem vocação nem maturidade para exercer funções governativas. O impacto financeiro do programa do Chega é de 40 mil milhões de euros. Levar-nos-ia a um défice de 13%", disse Montenegro durante o debate.

Após as acusações, Ventura afirmou, prontamente, que Montenegro quer "muletas na Assembleia da República" e que não poderá contar com o Chega para governar. Para André Ventura, a política de Montenegro corresponde a "corrupção a matar".

"Ventura militou 17 anos no PSD. Corresponde a 70% da vida adulta de Ventura", recordou Montenegro. Ventura disse que a única vez que se cruzou com Montenegro no PSD foi por via do primeiro-ministro e que o social-democrata devia ter "um pouco de vergonha na cara".

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Sobre a questão da Saúde, Montenegro apontou para o balanço positivo em Portugal, enumerando o aumento de consultas e cirurgias em várias especialidades. Pelo contrário, André Ventura acusa o social-democrata de usar "óculos cor-de-rosa" para dar a entender que está tudo bem no País, mas que ninguém se convence. Ventura referiu o caso de uma grávida que, esta quinta-feira, deu à luz o seu bebé à porta de casa por esperar indicações para que hospital se devia deslocar, devido ao encerramento da obstetrícia do Hospital Garcia de Orta. "Uma maquilhagem que Luís Montenegro chamou de triagem. Quis maquilhar as urgências com a necessidade de ligar antes de ir às urgências", declarou.

"Puseram uma série de 'boys' a dirigir unidades locais de saúde. Metade destes 'boys' de cartão partidário vão ser postos na rua", acrescentou o líder do Chega.

Montenegro disse que os portugueses devem votar na Aliança Democrática para verem os seus problemas a serem resolvidos. "A sua utilidade é a mesma quer tenha um deputado quer tenha 50", disse a Ventura.

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"Os mesmos 'boys e girls' espalhados pelo Estado": André Ventura refere que votar no PSD ou no PS "é a mesma coisa" e que Montenegro é a "versão olhos azuis" de António Costa.

O líder do Chega respondeu a Montenegro e afirmou que a crise na Saúde em muito se deve ao descontrolo da imigração. Ventura acusa o social-democrata de ter "deixado entrar no País toda a gente sem controlo".

Sobre o programa eleitoral apresentado pelos partidos, Montenegro considera o do Chega "macroeconómico". Já ventura diz que o da AD é "estratosférico", refletindo uma "imaturidade de quem não conhece a realidade económica internacional".

Ventura explicou que o partido Chega quer acabar com as portagens e que o valor das pensões seja equivalente ao salário mínimo. 

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