Economia salva António Costa em Belém

Primeiro-ministro passa teste no rescaldo da tragédia de Pedrógão e Tancos.

23 de julho de 2017 às 01:30
António Costa Foto: António Cotrim/Lusa
António Costa, primeiro-ministro Foto: Lusa
António Costa, primeiro-ministro Foto: Lusa
António Costa Foto: Lusa
António Costa, primeiro-ministro Foto: Lusa

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O primeiro-ministro, António Costa, passou no teste da última reunião do Conselho de Estado, órgão consultivo do Presidente da República, sem contestação no rescaldo da tragédia de Pedrógão Grande e do assalto a material bélico em Tancos.

Houve reparos, apurou o CM, e a necessidade de tudo se apurar, tal como Marcelo Rebelo de Sousa pediu. Mas as perspetivas de crescimento económico ocuparam boa parte do debate, de olhos postos, também, no Orçamento do Estado de 2018.

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Isto numa altura em que as negociações para as contas de 2018 estão paradas com o PCP e o BE só se reiniciam a partir de 20 de agosto. Mais, ao que apurou o CM, o Governo ainda não fez qualquer contraproposta sobre a alteração dos escalões do IRS, depois de ter dito em abril que o seu impacto financeiro não iria além dos 200 milhões de euros. Ainda ontem, a coordenadora do BE, Catarina Martins deu mais um recado ao primeiro-ministro, ao insistir nas reformas sem cortes para os trabalhadores com longas carreiras contributivas.

Acresce-se que está instalada a tensão, após as negociações para a reforma da floresta. O PCP insistiu no chumbo da proposta sobre o cadastro de banco de terras do Governo, o Executivo não gostou e Jerónimo de Sousa, líder comunista, já veio justificar a decisão: seria um "esbulho dos pequenos proprietários". Um sinal de que as negociações para as contas de 2018 podem ser mais tensas e exigentes face aos últimos dois orçamentos do Estado.

PORMENORES

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Pedro Nuno Santos

O secretário de Estado dos Assunto Parlamentares reuniu nas duas últimas duas semanas com o PCP e com o Bloco apenas para acertar o calendário da negociação para o Orçamento de 2018.

Dez escalões de IRS

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O PCP recuperou uma proposta da anterior legislatura para a criação de dez escalões de IRS e quer negociar a proposta com o Governo para que se aplique a partir de 2018.

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