Faltas arriscam baralhar votos sobre mudança de sexo

A liberdade de voto no PS e eventuais faltas de deputados do PSD que tentem contornar a disciplina imposta pela bancada tornam imprevisível o resultado da votação desta sexta-feira do diploma que prevê a mudança de sexo aos 16 anos sem relatório médico e com autorização dos pais.

O PSD confirmou a disciplina de voto contra o diploma, com Fernando Negrão a garantir que só Teresa Leal Coelho manifestou a intenção de pedir dispensa da disciplina partidária.

Na Comissão de Assuntos Constitucionais, na qual o PAN não tem assento, a votação na especialidade terminou, na quarta-feira, com dois pontos da proposta rejeitados após um empate na votação: o PSD e o CDS (107) contra, abstenção do PCP (15) e votos favoráveis de PS, BE e PEV (107).

Sábado, se ninguém pedir a votação uninominal há a possibilidade de o diploma passar com o voto favorável do PAN e mantendo-se as votações da especialidade. Caso contrário, as contas são quase impossíveis de fazer.