Ferro Rodrigues diz que casas afetadas pelos fogos de Monchique são prioridade

Presidente da Assembleia da República assegurou que o parlamento não vai levantar obstáculos a uma rápida resposta às populações afetadas.

16 de agosto de 2018 às 15:41
Eduardo Ferro Rodrigues, Marcelo Rebelo de Sousa, PS, Orçamento do Estado, política, partidos e movimentos Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
presidente da Assembleia da República, Comissão Nacional de Eleições, Eduardo Ferro Rodrigues, política Foto: Marisa Cardoso/Sábado
Levantamento de perda de bens em fogo de Monchique está já em curso Foto: CMTV
Local onde começou o fogo, na zona das Taipas, na serra de Monchique Foto: Pedro Noel da Luz
Monchique, Algarve, Portugal Foto: CMTV

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O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, assegurou esta quinta-feira que o parlamento não vai levantar obstáculos a uma rápida resposta às pessoas afetadas pelo incêndio que lavrou uma semana na serra Monchique.

Ferro Rodrigues deu esta garantia em declarações aos jornalistas à porta da Câmara de Monchique, no final de uma reunião entre deputados da Comissão Parlamentar de Agricultura, autarcas e entidades responsáveis pela reposta aos prejuízos do fogo.

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"A minha presença aqui como presidente da Assembleia da República tem três objetivos principais, o primeiro é manifestar a solidariedade de toda a AR e de todos os deputados com as populações, com os autarcas, com aqueles que sofreram consequências e tiveram grandes perdas com este incêndio terrível que lavrou durante muito tempo na serra de Monchique", afirmou Ferro Rodrigues.

O presidente do parlamento manifestou depois a "gratidão extrema" a "todos os corpos que estiveram envolvidos no combate" ao fogo "em condições extremamente adversas", mas que "conseguiram salvar bens, salvar pessoas".

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"O terceiro objetivo era para explicitar, junto dos responsáveis aqui pela recuperação de pessoas, de famílias, de habitações e das condições da serra de Monchique, que a Assembleia da República está totalmente disponível para apoiar este esforço. É algo que é consensual entre os vários grupos parlamentares aqui presentes e que certamente não será pela Assembleia da República que haverá qualquer obstáculo a que o Governo seja rápido na resposta no terreno e para que haja capacidade de apoio àqueles que perderam património e rendimentos", assegurou.

Questionado sobre o que considera ser mais urgente na resposta a dar às populações, que atingiu também os concelhos vizinhos de Portimão e Silves, também no distrito de Faro, Ferro Rodrigues respondeu que "urgente é responder à solicitação das pessoas que perderam casas e que estão ainda em situação difícil no seu dia-a-dia".

"Felizmente são em número relativamente limitado, mas de qualquer maneira cada caso é um caso", acrescentou, reiterando que "aqueles que perderam a primeira habitação têm que ser o primeiro objetivo".

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Depois será também necessário, considerou, dar "apoio à reposição de rendimentos" e "à recuperação do património florestal".

"E também a questão de haver aqui uma oportunidade, depois desta crise, para uma reestruturação florestal que os senhores presidentes das Câmaras de Monchique, Silves e Portimão vão coordenar, juntamente com o Governo, é extremamente importante", disse ainda Ferro Rodrigues, numa referência ao plano de restruturação da serra de Monchique que o Governo lançou e que será dirigido pelo presidente da Câmara de Monchique, Rui André.

Ferro Rodrigues mostrou-se ainda compreensivo com "o pesar e a dor muito grande que muitas populações que foram atingidas nos seus bens".

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Contudo, realçou que Monchique "continua a ser o 'pulmão' do Algarve" e a ter zonas "fundamentais, como as Caldas de Monchique, que se mantêm como a 'joia da coroa' de Monchique e não foram atingidas".

"Monchique continuará por muitos e bons anos a ser um destino importante tanto do turismo interno como do turismo estrangeiro para Portugal", considerou.

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