Governo anuncia linha de 15 milhões de euros para 'deep tech'
Áreas abrangidas incluem tecnologia e saúde, nanotecnologia, materiais avançados, energia, robótica e automação ou computação quântica.
O ministro da Economia e Coesão Territorial anunciou esta quarta-feira que uma linha de 15 milhões de euros para o ecossistema 'deep tech', do instrumento financeiro para inovação e competitividade financiada pelo PRR, deverá ser lançada na próxima semana.
"Vamos lançar na próxima semana mais uma linha do Instrumento Financeiro para a Inovação e Competitividade (IFIC). Trata-se da linha do ecossistema 'deep tech' que vai disponibilizar 20 'vouchers' de 750.000 euros para projetos com tecnologia baseada em descobertas científicas ou engenharia avançada", disse Manuel Castro Almeida na Millennium Talks COTEC Innovation Summit, que decorre esta quarta-feira na Feira Internacional de Lisboa (FIL).
Segundo o governante, as áreas abrangidas incluem tecnologia e saúde, nanotecnologia, materiais avançados, energia, robótica e automação ou computação quântica.
"Vai começar com 15 milhões de euros, que serão o princípio, mas este valor vai ser reforçado porque este instrumento vai ser, todo ele, reforçado", acrescentou, dizendo que o objetivo é reforçar a aposta em setores com capacidade transformadora.
"Queremos uma economia moderna, competitiva e ágil", vincou.
O IFIC está alojado no Banco Português de Fomento (BPF) e, depois de ter arrancado com 315 milhões de euros, irá "crescer por força dos ajustamentos" que se farão no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ainda neste mês.
Este instrumento surge de uma reprogramação do PRR que, na opinião de Castro Almeida, estava mais virado para o setor público.
"Com este novo investimento, corrige-se o desenho inicial do PRR, feito pelos governos de António Costa, os quais orientaram o PRR muito mais para o setor público do que para as empresas", apontou, considerando que foi "o pecado original" do programa.
O IFIC é composto por outras três linhas: reindustrializar, com um valor de 150 milhões de euros, Inteligência Artificial (IA) nas pequenas e médias empresas (PME), com 100 milhões de euros, economia de defesa e segurança, com 50 milhões de euros, lançadas na semana passada.
De acordo com Castro Almeida, "serão as empresas a aplicar até ao último euro todas as subvenções do PRR que Bruxelas atribuiu a Portugal".
O ministro assegurou que o que não for executado pelo Estado dentro dos prazos previstos "vai engrossar este instrumento, que tem que ser contratado até dezembro de 2026, mas que pode ser executado para lá de dezembro de 2026".
O antecessor de Castro Almeida na pasta da Economia, Pedro Reis, anunciou, na Web Summit do ano passado, a criação de um novo fundo 'deep tech' de 100 milhões de euros. Castro Almeida sublinhou que a linha agora lançada é "uma linha nova".
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