Governo pede mais um pedido do PRR e plano chega quase a metade
Faltam cumprir 234 marcos e metas, um "caminho exigente mas exequível", segundo Marco Almeida.
O Governo anunciou que entregou o pedido para mais um pagamento do PRR à Comissão Europeia. Assim, o Executivo diz que a contar com o valor deste novo cheque "a taxa de execução do PRR sobe para 47 por cento".
Em comunicado, o Executivo explica que o pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência "contempla marcos e metas ligados a 21 investimentos e 5 reformas entre elas em áreas ligadas, por exemplo, saúde, habitação e infraestruturas.
Faltam cumprir 234 marcos e metas, um "caminho exigente mas exequível", segundo o ministro com a nova pasta da coesão territorial, Marco Almeida.
As reformas em causa estão também ligadas a áreas como qualificações e competências, infraestruturas, florestas, hidrogénio, renováveis, mar, independência energética e transição ecológica, sustentabilidade das finanças públicas, escola digital e administração pública mais eficiente.
Com a submissão dos 27 marcos e metas deste sétimo pedido de pagamento, a taxa de execução do PRR, cujo término está agendado para meados de 2026, sobe para 47%.
"O Governo continua empenhado em garantir a execução eficiente e rigorosa do PRR, mantendo o compromisso tanto com os resultados como com os prazos. O objetivo é agora cumprir os restantes 234 marcos e metas, num caminho exigente, mas exequível", defendeu, citado na mesma nota, o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Castro Almeida.
Em 11 de abril, o ministro garantiu que o PRR já não se encontra atrasado e falou de um "caminho exigente" para os governos e, sobretudo, para a administração pública.
"Já não há atraso no PRR. Estamos a horas no cumprimento do PRR e, nesta fase, estamos até com algum avanço", afirmou Castro Almeida, que falava, em Lisboa, num encontro organizado pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, criada para negociar e monitorizar a execução do PRR.
O ministro disse que, até aqui, foi percorrido um caminho "exigente" para os governos e "muitíssimo exigente" para a Administração Pública.
Castro Almeida avisou que os primeiros pedidos exigem o cumprimento de um menor número de marcos e metas e vincou que os últimos dois pedidos são muitíssimo exigentes.
"Se digo com alguma tranquilidade que já recuperámos o atraso, temos de ter a noção de que o trabalho que está à nossa frente é tanto como o que foi feito até aqui. Temos um enorme trabalho a fazer. Por isso, vai ser necessário reforçar a dedicação dos dedicados trabalhadores desta causa", apontou na altura.
O PRR, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico.
Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela covid-19, este plano tem o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.
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