Governo tomará "medidas pontuais" para imigrantes trabalhadores da construção civil

Ministro Adjunto e da Coesão Territorial tinha referido que "o principal" risco para a execução do PRR "pode ser a falta de mão-de-obra para fazer tantas obras ao mesmo tempo".

27 de junho de 2024 às 18:23
Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial Foto: Pedro Catarino
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O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, disse esta quinta-feira que o Governo tomará "medidas pontuais" para integrar imigrantes trabalhadores da construção civil, cuja falta considerou ser a maior ameaça à execução do PRR.

"O Governo vai ainda tomar medidas muito pontuais para permitir acelerar a entrada em Portugal de pessoas que tenham condições de trabalhar imediatamente, designadamente na construção civil. Vão ter facilidade especial de entrada", disse hoje aos jornalistas no Porto.

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Castro Almeida falava à margem do Encontro das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, sobre as Operações Integradas em Comunidades Desfavorecidas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que decorreu esta quinta-feira no Pavilhão Rosa Mota.

Questionado sobre quais essas medidas, o ministro não detalhou, dizendo apenas que "está a ser construída a medida" pelo executivo.

Anteriormente, o governante tinha referido que "o principal" risco para a execução do PRR "pode ser a falta de mão-de-obra para fazer tantas obras ao mesmo tempo", que poderão levar à ausência de propostas para os concursos públicos.

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Questionado sobre como convive esse risco com as medidas mais restritivas da imigração já tomadas pelo Governo, Castro Almeida respondeu que "a política é mesmo a gestão e a compatibilização de interesses conflituantes".

"Nós precisamos de mão-de-obra, muita da mão-de-obra é produto da imigração, mas também não podemos ter imigração descontrolada. Quem vier para trabalhar não terá dificuldades", assegurou.

No discurso que fez durante o encontro das áreas metropolitanas, Castro Almeida disse ainda que os prazos de candidaturas e pagamentos do PRR serão "ainda mais exigentes" do que os para os restantes fundos europeus, que já tinha anunciado que terão um máximo de 60 dias para serem analisados e 30 dias para o processamento dos pedidos de pagamento.

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