Governo vai apoiar trabalhadores da construção com alojamento temporário

Foram anunciadas medidas decorrentes do Conselho de Ministros dedicado ao tema da crise na habitação.

25 de setembro de 2025 às 14:47
Miguel Pinto Luz Foto: Tiago Petinga/Lusa
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O Governo vai apoiar os trabalhadores do setor da construção com alojamento temporário, anunciou esta quinta-feira o ministro das Infraestruturas e Habitação.

Em declarações aos jornalistas, quando ainda decorria o segundo Conselho de Ministros dedicado ao tema da crise na habitação em duas semanas, Miguel Pinto Luz fez referência à necessidade de "garantir condições de vida digna" aos trabalhadores do setor da construção.

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O apoio, justificado pela participação no "esforço nacional" de construir mais habitação, passa por lhes garantir alojamento temporário "em sede de estaleiro", adiantou o ministro, nada mais acrescentando.

Nem o primeiro-ministro, Luís Montenegro, nem Miguel Pinto Luz responderam a perguntas dos jornalistas no final das suas declarações.

O ministro das Infraestruturas e Habitação realizou posteriormente um encontro com jornalistas, no qual a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Gonçalves Costa, explicou um pouco melhor este apoio aos trabalhadores da construção, recordando que já existe um diploma que prevê a acomodação temporária em estaleiros.

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Ao abrigo desse diploma, detalhou, os trabalhadores poderão ser instalados nas imediações das construções, em contentores ou casas existentes adaptadas, durante o tempo de obra, sem recurso a procedimento urbanístico.

"É um processo ágil", classificou, adiantando que a medida poderá ser extensível aos setores da agricultura e do turismo.

O Governo anunciou esta quinta-feira uma série de medidas para a habitação, entre as quais a descida da taxa de IVA para 6% para a construção de casas para venda até 648.000 mil euros ou, se forem para arrendamento, com rendas até 2.300 euros.

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Luís Montenegro admitiu que o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) reduzido para a construção de casas para arrendar até 2.300 euros pode ser um valor que "soa um pouco elevado", mas defendeu que se trata de "um teto máximo" e que pretende abranger a construção de casas para famílias nas zonas de maior pressão, como Área Metropolitana de Lisboa e do Porto.

O primeiro-ministro anunciou também o agravamento do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) para a compra de habitações por parte de cidadãos não residentes em Portugal, excluindo os emigrantes.

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