Henrique Neto defende verdadeira regulação estatal dos bancos
Portugal não pode "continuar a destruir riqueza".
O candidato presidencial Henrique Neto defendeu esta quarta-feira uma verdadeira regulação estatal sobre o setor bancário, comentando a última decisão do Banco de Portugal (BdP) relativa ao Novo Banco, entre outros "buracos" financeiros.
"Aquilo que mais me aflige não é tanto as diferentes soluções e remendos que vão sendo encontrados, mas a incapacidade, quer do Banco de Portugal, quer dos governos - o anterior e este -, de preverem os acontecimentos", disse, ao longo de visitas a dois mercados na zona de Alvalade, Lisboa.
O empresário afirmou que Portugal não pode "continuar a destruir riqueza, caso após caso", enumerando "a PT, o BES, o GES, o BPN, o BPP, agora o Novo Banco, este último caso do Banif" - "até quando!? Os Governos e o Banco de Portugal continuam a tapar buracos como se não acontecesse nada", lamentou.
"Aquilo que gostaria de ouvir dos governantes era dizerem 'as medidas que tomamos para isto não acontecer são estas'. Ora, o que os governos têm feito, nomeadamente este, que prometeu, aliás, não o fazer, é dobrar a espinha perante a União Europeia", criticou o ainda militante do PS e ex-deputado.
Para Henrique Neto, há que "ter uma estratégia para o país" e, "por outro lado, ter verdadeiros reguladores, que regulam, que preveem, que estudam os bancos, que têm pessoas nos bancos, que cumpram a sua missão, em vez de colocarem 'apparatchik' [termo de origem soviética para designar burocratas partidários] e amigos no sistema económico à volta do Estado".
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