Hora das decisões no CDS: cinco candidatos e 12 moções globais nas mãos de 1160 delegados

Candidatos disputam liderança do partido na hora do adeus a Assunção Cristas.

25 de janeiro de 2020 às 01:30
Assunção Cristas fará intervenção de despedida no início do congresso deste fim de semana Foto: Lusa
Abel Matos Santos Foto: Direitos Reservados
Carlos Meira Foto: Direitos Reservados
Filipe Lobo d’Ávila Foto: Direitos Reservados
Francisco Rodrigues dos Santos Foto: Direitos Reservados
João Almeida Foto: Direitos Reservados

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Cinco candidatos e 12 moções globais nas mãos de 1160 delegados que, este fim de semana, escolhem o sucessor de Assunção Cristas na liderança do CDS.

O congresso, em Aveiro, inclui dois dias intensos, que iniciam com o adeus à presidente que ‘caiu’ após o pior resultado de sempre nas Legislativas, e terão a primeira volta decisiva ao final da noite, com a votação das moções. Os resultados influenciam quem lançará listas aos órgãos do partido - esta eleição será amanhã.

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Os candidatos falam em mudança, admitem acordos entre si para liderar o CDS num "momento de especial delicadeza", como descreveu o presidente da mesa do congresso, e veem a existência de um elevado número de concorrentes como prova da vitalidade do partido.

Ao CM, Abel Matos Santos diz que este é o congresso em que o CDS "pode renascer ou tornar-se irrelevante". Carlos Meira fala num caminho "autónomo" para o CDS se recompor. Filipe Lobo d’Ávila diz que o partido tem de "vencer os desafios das crises identitária, organizacional e financeira".

Já Francisco Rodrigues dos Santos refere que o CDS "tem de dar uma chicotada psicológica". João Almeida diz que assumirá "um compromisso que deixará claro" que não é a voz da continuidade.

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PERFIS

Abel Matos Santos

PERFIS

Abel Matos Santos

Psicólogo clínico e sexologista, de 46 anos, foi crítico assumido de Cristas, criou a Tendência Esperança e Movimento, e diz que "falta cafeína ao CDS". Vê a reunião magna como "o congresso do tudo ou nada", onde o partido deve deixar de tentar ser "um PSD pequenino". "Encolhemo-nos e ficámos no politicamente correto, como uma direita autorizada pela esquerda", diz ao CM. Admite acordos "para mostrar que a melhor opção é mudar". Tem o apoio de Pedro Melo, que pertencia ao Conselho de Jurisdição.

Carlos Meira

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Empresário, de 34 anos, já defendeu "baldes de lixívia" para "limpar" o partido. Admitiu uma aliança com Filipe Lobo d’Ávila e Francisco Rodrigues dos Santos para derrotar João Almeida. Defende uma "auditoria externa" ao partido, que "deve fazer o seu próprio caminho, de forma autónoma, ativa, serena, recompondo-se e reerguendo-se". Já foi crítico da direção de Assunção Cristas, no congresso de março de 2018, e referiu que a líder demissionária "levou o recado merecido" nas Legislativas. "Saia e vá para casa", disse.

Advogado, de 44 anos, foi deputado e secretário de Estado da Administração Interna. Aplaude o fim dos congressos do "unanimismo por vezes demasiado forçado". Diz ao CM que o CDS precisa de "mudar de vida", "aproveitar a oportunidade de mudança, ter um posicionamento claro, ser profissional na gestão financeira e patrimonial, e ser verdadeiramente nacional". Admite acordos e, quanto aos apoios, que incluem João Casanova e Miguel Pires da Silva, diz que os seus notáveis "são os que fazem o partido todos os dias".

Francisco Rodrigues dos Santos

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Advogado, de 31 anos, lidera a Juventude Popular desde 2015. Promete a "renovação de protagonistas de todas as idades", um CDS com "uma comunicação atrativa para os eleitores, baseada em causas mobilizadoras e um reposicionamento do partido para que seja um porto seguro dos valores das direitas europeias". Diz que votar em João Almeida é "a tradição normal de poder" e diz representar a "mudança serena e tranquila". Tem apoio de Bagão Félix, Anacoreta Correia, Martim Borges de Freitas e Artur Lima (Açores).

Jurista, de 43 anos, é deputado e foi secretário-geral e porta-voz da direção de Assunção Cristas. Diz ao CM que é preciso "fortalecer o partido", traçar uma "agenda política representativa do ponto de vista doutrinário", além de "introduzir novas causas e falar uma linguagem simples que as pessoas compreendam". Mostra-se "disponível para trabalhar com toda a gente". "Dizem-me até que tenho apoios a mais", diz. Pedro Mota Soares e Nuno Correia da Silva são dois dos notáveis a seu lado.

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