IL espera que extrema-direita cumpra a lei na manifestação do Martim Moniz
Rui Rocha disse que "quem tem direito de manifestação deve também respeitar a lei e não cometer violações dessa lei".
O presidente da Iniciativa Liberal disse esta quarta-feira esperar que a manifestação marcada para o Martim Moniz, em Lisboa, pela extrema-direita, no dia em que se assinala o 25 de Abril, decorra dentro da lei.
"Não defenderemos nunca que haja limitação do direito de manifestação. Quero crer que as autoridades que autorizaram essa manifestação o fizeram no uso da lei e, portanto, a lei deve aplicar-se e deve aplicar-se a todos", afirmou Rui Rocha, em Leiria.
O cabeça de lista da IL às eleições legislativas acrescentou que "quem tem direito de manifestação deve também respeitar a lei e não cometer violações dessa lei".
"Espero que assim seja, que tudo corra dentro da normalidade", reforçou.
Para Rui Rocha, a "extrema-direita e o radicalismo, sejam eles de direita ou de esquerda, combatem-se com boas políticas, com boa governação e com soluções para as pessoas", "combatendo na sua base com essas boas políticas as ideias que traduzem uma insatisfação extremada com a situação".
"A nossa posição é: façam-se boas políticas, resolvam-se os problemas do país e teremos seguramente uma sociedade mais harmoniosa e sem crescimento dos extremos a que temos assistido", defendeu.
O partido Ergue-te e o movimento Habeas Corpus anunciaram uma manifestação com "porco no espeto" a realizar no Martim Moniz, na tarde de sexta-feira, concentração que é apoiada pelo grupo de extrema-direita 1143, liderado por Mário Machado.
Nas redes sociais, o evento é intitulado "Portugal desce ao califado" numa celebração que diz ser nacionalista.
Contactada pela Lusa, a Câmara de Lisboa indicou que "como sempre acontece nestes casos a avaliação de risco e eventuais decisões sobre as condições de segurança para a sua realização são definidas pela PSP", sendo com base "nos pareceres das forças de segurança que são definidas as condições para a realização de manifestações na cidade".
Inicialmente, a PSP tinha dado um parecer positivo, considerando que não implicava qualquer risco de desordem pública. Mas depois de ter conhecimento da realização de outras manifestações antagónicas para a mesma hora e local, decidiu fazer uma nova avaliação de risco cujo resultado será depois enviado para a câmara de Lisboa, segundo esta polícia.
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