IL não comenta arquivamento ao caso Spinumviva e diz que avaliação política está feita
"Não vou comentar questões concretas de decisões do Ministério Público", referiu Mariana Leitão.
A IL recusou esta quarta-feira comentar a decisão do Ministério Público de arquivar a averiguação preventiva ao caso "Spinumviva", empresa da família de Luís Montenegro, e considerou que a avaliação a este caso foi feita nas últimas legislativas.
Esta posição foi transmitida pela presidente da Iniciativa Liberal (IL), Mariana Leitão, em reação ao anúncio da Procuradoria-Geral da República de que a averiguação preventiva sobre as atividades da Spinumviva foi arquivada na terça-feira.
"Não vou comentar questões concretas de decisões do Ministério Público. A justiça está a fazer o seu trabalho, fez o seu trabalho, continuará a fazer o seu trabalho", declarou Mariana Leitão.
A presidente da IL referiu depois que se realizaram eleições legislativas antecipadas em maio passado que "acabaram por ser causadas, exatamente, por vontade, de alguma forma, do primeiro-ministro".
"A Iniciativa Liberal foi o único partido que identificou a real vontade dos portugueses e, portanto, agiu em conformidade com essa vontade, tentando evitar que houvesse eleições. Mas acabaram por acontecer e o resultado é aquele que todos conhecemos. Do ponto da avaliação política, essa ficou feita nessa altura", sustentou.
Perante a insistência dos jornalistas neste caso, a líder da IL repetiu que as eleições de maio realizaram-se "contrariamente à vontade dos portugueses e, no fundo, vieram dar um resultado que acabou por não ser muito diferente da realidade que se vivia anteriormente".
"Do ponto de vista político, parece-me que essa questão está ultrapassada, já não se coloca e as últimas eleições assim o indicam. Quanto às outras questões do foro judicial, dizem respeito à justiça - e é lá que têm de ser tratadas", reforçou.
Interrogada sobre o tempo que demorou a conclusão da averiguação preventiva à empresa Spinumviva, Mariana Leitão defendeu que as investigações "devem ter a duração que for necessária para se conseguir apurar os factos e para se conseguir encontrar prova".
"Depois, obviamente, há os tempos da justiça, que são os tempos processuais em tribunal. Muitas vezes os tempos são exasperantes e tudo temos de fazer para garantir que sejam céleres", acrescentou.
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