JPP exige pedido de desculpas de Montenegro após morte de bebé em Idanha-a-Nova

Filipe Sousa referiu que o SNS, "que deveria ser a rede de proteção dos portugueses, está a colapsar diante dos nossos olhos".

03 de setembro de 2025 às 15:36
Filipe Sousa, do JPP Foto: António Cotrim/Lusa
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O JPP exigiu esta quarta-feira um pedido de desculpas do primeiro-ministro após a morte de um bebé às portas do centro de saúde de Idanha-a-Nova, considerando que este não é um caso isolado e que "o Governo falhou".

Em comunicado, o deputado único do Juntos Pelo Povo (JPP), Filipe Sousa, considera que a morte de um bebé de 11 meses, em 22 de agosto, à porta do centro de saúde de Idanha-a-Nova "podia e devia ter sido evitada" e só acontece "porque o Estado falhou".

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"Porque o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que deveria ser a rede de proteção dos portugueses, está a colapsar diante dos nossos olhos", frisa.

Para Filipe Sousa, a morte do bebé "não é apenas uma fatalidade, é o reflexo da incapacidade do Estado em proteger os seus cidadãos".

"Perante esta dor, o mínimo que o primeiro-ministro poderia fazer era pedir desculpa aos portugueses. Porque o Governo falhou: falhou na prevenção, falhou na organização dos serviços, falhou naquilo que é mais básico: garantir que cada criança, cada cidadão, tenha acesso a cuidados de saúde em tempo útil", lê-se.

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O deputado do JPP frisa que este caso "não é isolado" e é "apenas a face mais visível de um problema profundo: o SNS entrou em falência estrutural".

"Não por falta de investimento, mas porque o sistema está mal desenhado, mal gerido e incapaz de responder às necessidades da população. Enquanto esta falência não for encarada de frente, tragédias como esta vão continuar a acontecer", considera.

Filipe Sousa defende que o Governo "não pode continuar a governar com truques e remendos", mas precisa de "coragem política para assumir que o modelo atual já não funciona".

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"É preciso mudar, antes que mais famílias passem por este sofrimento", defende, considerando que o SNS "está a falhar e precisa de ser reconstruído de raiz".

"Cada vida perdida é um grito que exige ação. Cada silêncio político é cumplicidade", adverte.

O Ministério Público está a investigar a morte de um bebé de 11 meses que terá sofrido uma paragem cardiorrespiratória à porta do centro de saúde de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco.

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O canal TV Record noticiou na segunda-feira que um bebé terá morrido à porta do centro de saúde de Idanha-a-Nova, no dia 22 de agosto, depois do atendimento lhe ter sido recusado por estar perto da hora de fecho da unidade de saúde, segundo a mãe da criança.

O Diário de Notícias escreve esta quarta-feira que o Ministério Público de Castelo Branco já deu início a uma investigação à morte do bebé, e que o advogado da família informou que vai consultar o processo para determinar os próximos passos.

Já a Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco abriu um inquérito interno para apurar o que aconteceu, enquanto o INEM referiu que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) recebeu uma chamada do centro de saúde a pedir apoio para um bebé de 11 meses em paragem cardiorrespiratória, mas apesar dos esforços "o bebé não recuperou da situação de PCR".

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