Lei de Bases da Saúde nas mãos de BE e PCP

PS rompe diálogo com PSD. Rui Rio acusa socialistas de má-fé e recusa aprovar diploma.

29 de junho de 2019 às 09:26
Ministra da Saúde, Marta Temido, terá de contar com o apoio das bancadas mais à esquerda para viabilizar diploma Foto: Lusa
Deputados, sessão, parlamento, assembleia da república, xxx Foto: António Cotrim/Lusa
parlamento xxx Foto: Pedro Catarino

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Uma nova Lei de Bases da Saúde só verá a luz do dia se Bloco e PCP derem a mão ao PS na próxima terça-feira, quando as alterações à proposta do Governo serão votadas no Parlamento.

Mas os parceiros da geringonça só viabilizam o diploma se ficar garantida a gestão pública do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sem Parcerias Público-Privadas (PPP), apurou o Correio da Manhã.

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As negociações entre PS e PSD sofreram um volte-face esta sexta-feira à tarde quando a deputada socialista Jamila Madeira decidiu rasgar as propostas do PSD, acusando-o de "querer reabrir o debate para manter a atual lei" do governo de Cavaco Silva.

Irritado, o líder social-democrata, Rui Rio, aceitou de imediato o pedido de divórcio, mas vincou que, sendo assim, irá "votar contra a lei de bases à esquerda".

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"O PS nem sequer debateu as nossas alterações, decidiu romper logo, nunca esteve de boa-fé", atirou Rio, sublinhando que "nunca será muleta da geringonça" nem fará "fretes".

A referência à manutenção das PPP e a importância do setor social nos Cuidados Continuados constavam das 21 alterações propostas pelo PSD que os socialistas decidiram rejeitar.

A bola está agora do lado do BE e do PCP, mas ambos estão de pé atrás. "O anúncio do PS não disfarça a convergência com o PSD", avisam os comunistas.

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O Bloco pede ao PS que primeiro revogue o decreto de Durão Barroso que regula as PPP.

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