Líder da JS acusa Montenegro de fazer 'ziguezague' que ameaça a democracia
"Ter negócios obscuros com a Spinumviva, zigue, ser primeiro-ministro ao mesmo tempo, zague", rematou Sofia Pereira.
A secretária-geral da Juventude Socialista (JS), Sofia Pereira, acusou esta segunda-feira Luís Montenegro de fazer um ziguezague a toda a hora que ameaça a democracia portuguesa e de ziguezaguear entre interesses públicos e negociatas".
"Ontem [domingo], relembro-vos, no debate tentou atacar Pedro Nuno Santos com os 'ziguezagues'. Pois bem, quem faz 'ziguezagues', a toda hora, é mesmo ele", afirmou Sofia Pereira, durante um comício em Viseu com a presença do secretário-geral do PS.
E, concretizou: - "ter negócios obscuros com a Spinumviva, zigue, ser primeiro-ministro ao mesmo tempo, zague, receber pagamentos de casinos, zigue, nomear responsáveis pelo jogo e pelo turismo, zague, não ter nada a ver com a empresa, zigue, mas a sede em sua casa, zague, receber 200 mil euros para reestruturar uma gasolineira, zigue, e escolher o filho dos donos como candidato a Braga, zague".
Para Sofia Pereira, "este é um 'ziguezague' muito mais perigoso do que qualquer número num debate eleitoral, é um 'ziguezague' que ameaça a democracia portuguesa, que 'ziguezagueia' entre interesses públicos e negociatas".
"É um 'ziguezague' que utiliza os corredores do poder para poder fazer fortuna pessoal. E nós não aceitamos, camaradas, nós não aceitamos que isto seja assim", salientou durante o comício que terminou o segundo dia de campanha do PS.
A líder da JS disse ainda que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "acha que a política é um jogo de casino apostando e hipotecando os destinos do país".
"Nós não queremos um primeiro-ministro mais preocupado com os interesses de uma gasolineira do que com os interesses de um país. Nós não queremos um primeiro-ministro mais preocupado com os interesses de um casino do que com os interesses de uma geração. Portugal não é uma roleta-russa. Os destinos do nosso país não são negociáveis. A ética que se exige do cargo de primeiro-ministro não é nunca opcional", salientou.
Sofia Pereira deixou um apelo à mobilização às eleições do dia 18, salientando que é preciso estar nas ruas, passar a mensagem e ser claros, uma mesma mensagem que foi repetida pela cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Viseu, a investigadora e antiga secretária de Estado da Igualdade Elza Pais, e pelo presidente da Federação Distrital do PS de Viseu, Armando Mourisco.
"A liderança que está no governo falhou. E nós queremos uma liderança ganhadora", realçou Elza Pais, lembrando que o PS tem no seu programa um "pacto para o Interior".
A candidata afirmou que no último ano o Governo "investiu zero" neste território e acusou o ministro da Presidência e cabeça de lista da AD por Viseu, António Leitão Amaro, de "descaramento" por ir "cortar a fita da consignação do Itinerário Principal 3 (IP3), esquecendo-se que quem lançou aquela obra foi o PS".
"É mesmo preciso descaramento. O nosso trabalho ficou feito. Agora reivindicam o mérito alheio. Mas não é só na IP3. É também no hospital psiquiátrico, cuja obra já começou. É também na educação. As residências para estudantes estão prontas ou quase prontas. É preciso mesmo descaramento. Mas nós estamos aqui para reivindicar as obras que concebemos, que iniciámos e que agora estão no nosso território para desenvolver o Interior", salientou.
Armando Mourisco traçou o perfil de Pedro Nuno Santos, descrevendo-o como um homem transparente, frontal, que não tem medo de assumir as suas posições, sem cinismo e um homem genuíno.
"Nós precisamos de homens como tu, Pedro. Por isso esta mobilização, por isso esta força que Viseu te quer transmitir", realçou, durante o comício que decorreu numa aula magna do Instituto Politécnico de Viseu completamente cheia.
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