Livre acusa PSD e CDS de estarem com "muita vontade de ir a correr" para eleições

Paulo Muacho considerou lamentável que se tenha chegado a este ponto.

10 de março de 2025 às 15:54
Paulo Muacho Foto: CMTV
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O Livre acusou esta segunda-feira PSD e CDS, partidos que suportam o Governo minoritário, de terem "muita vontade de ir a correr" para eleições legislativas antecipadas, considerando que o primeiro-ministro forçou uma comissão parlamentar de inquérito ao não prestar esclarecimentos.

"É, como temos dito várias vezes, uma crise política que tem sido desejada pelo Governo. Nós percebemos que o PSD e o CDS têm muita vontade de ir a correr para eleições porque acham que, de alguma forma, isso os vai legitimar e isso vai apagar esta situação", acusou Paulo Muacho, deputado do Livre, na Assembleia da República.

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O dirigente do Livre falava depois de esta manhã o PS ter entregado a proposta para constituir uma comissão parlamentar de inquérito potestativa (obrigatória) para "avaliar do cumprimento pelo senhor primeiro-ministro das regras relativas ao exercício do respetivo mandato e das medidas adotadas para a prevenção de conflitos de interesses pelo Governo", na sequência do caso que envolve a empresa familiar Spinumviva.

Paulo Muacho considerou lamentável que se tenha chegado a este ponto.

"Não porque um partido apresente esta comissão parlamentar de inquérito, mas porque o primeiro-ministro não tenha dado ainda os esclarecimentos necessários para que o parlamento se sinta esclarecido sobre todas as situações que envolvem esta empresa", argumentou.

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O deputado afirmou que governar em minoria e no contexto político atual "não é fácil" e "implica uma grande capacidade de diálogo com a oposição", acusando o executivo PSD/CDS de não o ter feito até hoje.

Realçando que o PS já fez saber que tenciona avançar com esta comissão de inquérito seja nesta legislatura ou numa próxima, Paulo Muacho considerou "importante que não reste qualquer sombra de dúvidas sobre a idoneidade do primeiro-ministro, sobre as suas atividades empresariais e sobre uma eventual mistura entre interesse público e interesses privados".

"Mas poderíamos ter conseguido evitar esta crise política, a moção de confiança que o próprio Governo apresenta, se o primeiro-ministro tivesse sido transparente e tivesse sido claro com os portugueses e não compreendemos porque é que o primeiro-ministro continua a querer evitar este tema e esconder e furtar-se estas explicações", defendeu.

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