Mariana Leitão ligada à Sonangol

Líder parlamentar da Iniciativa Liberal fez parte do Conselho de Administração da Puaça, empresa com ligações à Sonangol.

26 de junho de 2025 às 01:30
Mariana Leitão desiste da corrida a Belém e candidata-se à liderança da Iniciativa Liberal Foto: Pedro Catarino
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A candidata à liderança da Iniciativa Liberal, esteve ligada durante 13 anos e cinco meses a Puaça, antes de entrar na vida política ativa. Uma empresa subsidiária portuguesa da petrolífera estatal angolana Sonangol. O seu papel na empresa terá sido várias vezes influenciado pela situação política em Angola e pode agora trazer-lhe problemas políticos pela sua ligação a um regime que tem sido considerado corrupto, sendo a Sonangol vista como o principal veículo dos esquemas de distribuição indevida de riqueza e um instrumento para a manutenção no poder de José Eduardo dos Santos, ex-Presidente do país, diz o 'Observador'.

Mariana Leitão fez parte do Conselho de Administração da Puaça, quando o antigo vice-Presidente da República angolano, Manuel Vicente, estava à frente da Sonangol que por sua vez tinha ligações ao seu pai. Em 2019 acabou por sair em definitivo da empresa, depois de o recém-eleito Presidente angolano, João Lourenço, ter procurado reestruturar a Sonangol, ao decidir reduzir a atividade com a Puaça. Antes de chegar ao conselho de administração da Puaça, Mariana Leitão já tinha exercido outras funções como diretora de do programa de bolsas de estudo da Sonangol, que apostava na formação de quadros, coordenando a estadia dos bolseiros angolanos em Portugal.

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O pai de Mariana Leitão, o advogado António Leitão, teria trabalhado com o então presidente da Sonangol, Manuel Vicente, segundo avança o Observador. A líder parlamentar dos liberais concluiu a licenciatura em Relações Internacionais e Ciência Política na Universidade Lusíada de Lisboa, em 2005 e estagiou durante um mês no jornal Semanário. Em outubro iniciou a sua carreira na Puaça.

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