Marques Mendes defende que 25 de Abril "não é substituível" por qualquer outra data
Candidato a Presidente da República assinalou que o 25 de Abril "é a data fundadora da democracia portuguesa".
O candidato presidencial Luís Marques Mendes considerou esta quarta-feira que o 25 de Abril e o 25 de Novembro são "datas importantes", mas não estão no mesmo plano, destacando que a data da Revolução dos Cravos "não é substituível por qualquer outra".
"Há duas datas importantes na democracia portuguesa, o 25 de Abril e o 25 de Novembro. Não estão exatamente no mesmo plano, o 25 de Abril está acima do 25 de Novembro, mas ambas são importantes", afirmou.
Luís Marques Mendes falava aos jornalistas após uma visita à loja social Dona Ajuda, em Lisboa.
O candidato a Presidente da República assinalou que o 25 de Abril "é a data fundadora da democracia portuguesa".
"É uma grande data, é um grande momento. Não é comparável com qualquer outra, nem é substituível por qualquer outra", disse.
Marques Mendes assinalou que "o 25 de Novembro também foi importante, porque se não tivesse havido o 25 de Novembro, não teríamos regressado à pureza dos princípios e da democracia que o 25 de Abril trouxe".
"E o 25 de Novembro impediu que nós tivéssemos saído de uma ditadura e caíssemos noutra ditadura", vincou.
Na ocasião, o candidato recusou comentar as declarações do capitão de Abril Vasco Lourenço, que disse que o Governo deve envergonhar-se de criar uma comissão de "fachada" para o 25 de Novembro, que classificou como uma "palhaçada".
"Eu não vou comentar declarações, seja de quem for, sobre essa matéria, porque já há tanta gente a criar desencontros na sociedade portuguesa, eu quero convergir e não divergir", afirmou.
Marques Mendes pediu também mais tolerância no que toca a este assunto.
"Eu não alinho por esta intolerância de estarmos sempre a dizer mal de tudo. Nesta matéria há duas datas importantes. Uma é mais importante do que a outra. Há uma data fundadora da democracia, 25 de Abril, ninguém a pode substituir, mas o 25 de Novembro também evitou que nós caíssemos numa ditadura de sinal contrário àquela que tinha", referiu.
E questionou: "Qual é o problema de comemorar o 25 de Novembro?".
"Eu comemoro o 25 de Abril com todo o gosto e também comemorarei o 25 de Novembro com toda a convicção", indicou o candidato.
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